domingo, 11 de setembro de 2011

Ele nunca nos deixa só

Quando Jesus estava ensinando Seus discípulos, preparando-os para o que Ele sabia ser o fim, Seu coração estava preocupado com eles, porque sabia que eles estavam confusos e tristes. Posso imaginá-Lo indo de um em um, pondo seu braço ao redor do ombro deles. A cada um ele explicava em palavras simples, assim como nós o fazemos com nossas crianças, as verdades importantes que queria que eles entendessem. A certa altura Ele disse: "Agora vou para junto daquele que me enviou, e nenhum de vós me pergunta: Para onde vais? Pelo contrário, porque vos tenho dito estas coisas, a tristeza encheu o vosso coração. Mas eu vos digo e verdade: Convém-vos que eu vá, porque se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei" (João 16:5-7). Isto é uma promessa! A vinda do Espírito estava baseada sobre a palavra do Senhor Jesus Cristo. Não foram estabelecidas condições, Jesus me disse que enviaria o Consolador (ou "Ajudador") a alguns crentes, e não a outros. Nem disse que deveríamos pertencer a alguma organização especial ou estar mais alto na escala de espiritualidade do que outros. Ele disse especialmente: "Se eu for, eu vo-lo enviarei." Quando Jesus faz uma promessa, ele não a quebra nem a esquece. Podemos duvidar da promessa de algum amigo ou de alguém da família; podemos até duvidar das nossas promessas feitas a outros. Mas Jesus nunca nos deu uma promessa que tenha alguma sombra de dúvida. Algumas pessoas rebaixam Jesus Cristo, chamando-O de um "grande líder" ou um dos maiores líderes religiosos do mundo, Entretanto, no tocante a promessas, é interessante contrastar suas palavras com as de outros grandes líderes religiosos ou filosóficos. Por exemplo, quando o fundador do budismo estava se despedindo dos seus seguidores, disse: "Vocês têm de ser sua própria luz!" Ou quando Sócrates estava para tomar aquele copo fatal, um dos discípulos lamentou-se, dizendo que ele os estava deixando órfãos. Os líderes das religiões e filosofias do mundo não eram capazes de prometer que nunca deixariam os seus seguidores. Os discípulos de Jesus Cristo, no entanto, não foram deixados sós. Ele disse: "Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros" (João 14:18). É interessante notar que a palavra grega para "órfãos" é a mesma que o discípulo de Sócrates usou quando compreendeu que seu mestre o deixaria sozinho. Jesus disse que deixaria Seus discípulos por algum tempo, o que de fato fez. Durante os horas terríveis da crucificação, morte e sepultamento, dúvidas cruéis tomaram conta das mentes dos que O amavam, Ele ainda não havia sido "glorificado", e por isso a promessa do Seu Espírito ainda não tinha se concretizado. Mas nós sabemos o que aconteceu. Deus O levantou dos mortos e Lhe deu glória. Falando a cristãos, as Escrituras dizem que Cristo veio "por amor de vós, que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus" (I Pedro 1:20, 21). Deus tinha mandado "esperar" pelo Espírito que deveria vir. Jesus ressuscitou dos mortos e foi visto pelos Seus discípulos. Incapazes de compreender o que estava acontecendo, eles não O reconheceram a princípio, e ficaram assustados porque pensavam estar vendo um fantasma. Para confirmar sua realidade física Jesus lhes disse que tocassem nEle, e até pediu algo para comer, Um fantasma não tem carne e ossos, não é? Nem poderia comer, não é verdade? Então, este era Jesus, não o Espírito que Ele havia prometido. Mesmo assim, Ele disse que continuassem esperando! Ainda não chegara a hora. A promessa foi cumprida 50 dias depois, no dia de Pentecostes. Que dia! Para nós, com nossa mentalidade prática, terrena, científica, é difícil imaginar os acontecimentos impressionantes daquele dia. "Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidas na mesmo lugar; de repente veio do céu um som, corno de um vento impetuoso, e encheu toda a usa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito santo, e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem" (Atos 2:1-4). Tinha chegado aquele que eles deveriam "esperar"! Que diferença faz a ênfase de uma palavra na descrição de um acontecimento de tão abaladora importância! Antes de Pentecostes a ênfase estava na palavra "pedir". "Se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito santo àqueles que lhe pedirem?" (Lucas11:13, grifo meu). Depois de Pentecostes a ênfase estava na palavra "receber". Pedro, em seu Sermão cheio de poder, naquele mesmo dia, disse: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo" (Atos 2:38, grifo meu). Estas são as boas novas: não estamos mais esperando pelo Espírito Santo – Ele está esperando por nós. Não estamos mais vivendo em tempo de promessa, mas em dias de cumprimento. Os que faziam parte da Igreja Primitiva, aqueles homens, mulheres e crianças que conheciam a realidade do poder do Espírita Santo, foram totalmente transformados. O ímpeto de poder que eles experimentaram no dia de Pentecostes é característico da época que nos deu o Novo Testamento. O Espírito Santo foi prometido, a promessa foi cumprida, os discípulos foram transformados, e a glória disto tudo para nós é que Ele está presente em todo crente verdadeiro hoje em dia. Assim, o Seu poder também está à disposição de nós hoje.

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